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Avatar de Raquel Dias da Silva

Também sonho e penso muitas vezes que se calhar não acabei o meu mestrado, provavelmente porque há anos que não faço nada com ele (nada como quem diz; na verdade faz parte de mim e tenho a certeza que a forma como abordo determinadas tarefas no meu trabalho e até no meu dia-a-dia sofrem de alguma forma influência do que aprendi em comunicação de ciência). De resto, sobre a questão das expectativas, acho que é inevitável tê-las, para os outros, mas sobretudo para nós próprios. Elas não nascem necessariamente de alguém, como um pai, a dizer-nos que temos de ter boas notas e escolher um curso que dê dinheiro, mas das comparações que vamos fazendo ao longo da vida (sobretudo agora que as vidas dos outros, ou a vida que os outros efabulam, está exposta nas redes sociais). Acredito que haja quem seja mais resistente a essas pressões externas e espero que a minha filha venha a ser uma dessas pessoas, mas acho que é importante não nos massacrarmos tanto com questões que talvez não estejam tanto sobre o nosso controlo como pensamos.

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Avatar de Gonçalo Pinto

Muitas e muitas vezes acordo sobressaltado, angustiado depois de acordar de algo que em sonho parecia real...desta vez.

A questão das expectativas é crucial para estudar várias dimensões da vida social.

Padronizam-nos à nascença, para sempre.

E, afinal, quem decidiu nascer? E quem escolheu o que ser, como, onde?

O "menos dotado", não consegue porque não quer; o "feio" não arranja alguém porque não se esforça (afinal, há sempre uma "tampa para cada panela") e quem nos ensinou a só apreciar o físico?

O criminoso, escolheu o que fez e faz e vai continuar a fazer se for "atirado" para trás das grades?

O adúltero, tem culpa, ou viu e segue padrões?

A verdade pode ser "sim" a todas as perguntas, ainda assim, ninguém escolheu ser e fazer o que é e faz!

A nível de evolução de consciência dos comuns, não podemos continuar, só a atirar culpas.

Devemos condescender diante do errado? Não! Devemos entender que a "cura" é um caminho conjunto, que desistir do outro não é hipótese, que abrir portas à aceitação da diferença é preciso e que a nossa liberdade termina sempre onde começa a do outro, é uma verdade e princípio eterno!

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